domingo, 2 de junho de 2013

Xangô



Xangô foi o quarto rei lendário de oya (NIgéria, África), tornndo Orixá de caráter violento e vingativo, cuja a manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e o trovões.Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas : Oya, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.
Enquanto Oxossi é considerado o Rei de Ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbós de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos candomblés, não deve faltar em su vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho de yamassê (Torossi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo Yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo dai os objetos que ele mais aprecia o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que soment eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Oxumarê, considerado seu fiel escudeiro.
Xangô é cultuado no Brasil, sob 12(doze) qualidades. Vale salientar, que muitos cegamente as ditas qualidades de xangô da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Xangô. Reza a lenda que Ayrá era muito próximo de Xangô, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xangô , foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xangô percebendo o engano, mandou o tirasse da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã  estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Xangô então mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô falando a Oxalufã que Xangô sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Oxalufã, que tomou para si; razão pela qual usa branco, mas não é um fum-fum. Xangô que não suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.





















quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Olokun

Na Mitologia Ioruba: Olóòkun ou Olokun – No Benin é considerado como do sexo masculino e em Ifé como sendo do sexo feminino, divindade do mar. Proprietário/a (Olo) dos Oceanos (Okun).

Olokun é o Orixá Senhor do mar, é andrógino, metade homem e metade-peixe, de caráter compulsivo, misterioso e violento. Tem a capacidade de transformar. É assustador quando irritado. Na natureza é simbolizado pelo mar profundo e é o verdadeiro dono das profundezas do presente, onde ninguém jamais esteve.

Representa os segredos do fundo do mar, como ninguém sabe o que está no fundo do mar, apenas Olokun. Também representa a riqueza do fundo do mar e da saúde. Olokun é um dos Orixás mais perigoso e poderoso do culto aos Orixás.
Diz-se que ele foi acorrentado ao fundo do oceano, quando ele tentou matar a humanidade com o dilúvio. Sempre retratado com escudo. Seu culto é na cidade de Lagos, Benin e Ile Ifé. Seu nome vem do ioruba Olokun (Olo: proprietário – Okun: Mar). Representa a riqueza dos fundos marinhos e a saúde.
Todos os Babalaôs devem cultuá-lo e sempre deve ser assentado com suas 18 ninfas que são suas esposas, as 9 Olossás e as 9 Olonas. Elas são ninfas da água, representa os rios, córregos, lagoas, cachoeiras, nascentes, lagoas, extensões marinhos e de águas pluviais.
No Brasil é cultuada como mãe de Iemanjá e dona do mar (Olokun).
É cultuada nas casas de candomblé tradicionais, mas não toma parte nas festas, não são entoados cânticos no “xirê”, assim como acontece com outros orixás (Orunmila, Oduduwa). São assentados mas não são “iniciados” iawos para estes orixás.
Com a vinda de sacerdotes africanos para o Brasil, hoje tenta-se resgatar o culto, porém sem identificação pelos fiéis. Talvez por não se ter conhecimento e sincretismo. É homenageada durante a Festa de Iemanjá.

OLOKUN, orixá de grande importância, ainda pouco conhecido no Brasil, porém muito difundido e cultuado em Cuba e na Nigéria.
As crenças, em geral, são fundamentadas em algo original ou histórico; na África existem inúmeras. Diz-se que Olodumaré vagava pelo espaço, quando somente havia pedras e fogo. Em função do vapor produzido pelas chamas, grande quantidade de nuvens se acumulou no espaço, precipitando sob a forma de chuva. Onde o fogo havia queimado mais, o terreno ficou mais profundo, dando origem aos grandes oceanos que cercam a terra. Neste momento, nascem todas as Iemanjás do mar, desde Ocuté até Olokun, que é a mais alta representação dos orixás, depois de Oduduwa.
Quando o mundo se formou, existia maior quantidade de água do que de terra e, por isso, Olokun ocupa o segundo lugar no panteão yorubá. Esta divindade, também, é conhecida pelo nome de AAGANA-EKUN IJÁ MOAJÉ, que significa “a profundidade dos oceanos, mãe dos peixes e dos caracóis do mundo”. Ninguém sabe o que há no fundo do mar, isto é tratado no signo Iroso Meji (4-4 Meji), um dos signos do meridilogun; daí vindo a reza: OMI TUTO, ANA TUTO, TUTO ILÊ, TUTO ARIKU BABAWA (água fresca em minha vida, água fresca em minha casa, água fresca para todos os espíritos bons desta vida).
Com Olokun vivem dois espíritos: Samugagawa, que simboliza a vida e Acaro, que simboliza a morte. Ambos estão representados nas ferramentas de Olokun.
Este orixá não fala diretamente por sua boca, mas se comunica através de Iemanjá, já que esta foi o primeiro caminho que veio à terra e que, também, se denominou YEMBÓ.
Gostaria de chamar-lhes a atenção quando digo “caminho de orixá”, pois muitos interpretam mal o que isto significa.
Por exemplo, Iemanjá possui oito caminhos:

1.- YEMBÓ,
2.- OLOKUN,
3.- MAYELEWÓ,
4.- ASHABÁ,
5.- OCUTÉ,
6.- OCOTÓ,
7.- IBU-ARU
8.- IBU AYEE.

Estes caminhos estão representados nos sete mares que rodeiam a terra e nas sete reencarnações deste orixá em sua trajetória.
As ferramentas de OLOKUN são assentadas dentro de um porrão grande, com cerca de sessenta centímetros de altura (significando a superfície e a profundeza do mar). Elas são feitas de chumbo, já que este metal não sofre oxidação pela ação do salitre do mar e é mais barato. Entre as ferramentas, há uma boneca, medindo aproximadamente vinte centímetros, em cujos braços está a representação dos dois espíritos de que falei anteriormente: o da vida e o da morte. No braço direito se pendura um cobra, representado ACARO e no braço esquerdo uma máscara, representando SAMUGAGAWA.
As demais ferramentas são:


• uma lua cheia, simbolizando a procriação deste orixá;
• uma meia lua, representado a alegria contagiante deste orixá na vida;
• um sol, indicando que o poder deste orixá é tão grande que tem domínio sobre aquele;
• um timão de barco, significando a boa mãe que é, conduzindo os humanos pelo caminho correto;
• um par de remos, que é a balança entre o bem e o mal do que realizamos na vida;
• uma pequena sereia, a beleza misteriosa;
• sete pulseiras ou aros, denotando a procriação de seus sete filhos preferidos: Oyá, Elewara, Ogum, Oxóssi, Asawano, OrishaokóRISHAOKÓ e SHANGO. O nascimento de todos os sete orixás está descrito nos signos desde de Okana até Odi.

Em Cuba, existe a tradição de assentar OLOKUN para todos aqueles que irão fazer YEMANJÁ. OLOKUN só se assenta, ou seja, não se faz na cabeça de ninguém; aos filhos de OLOKUN se faz YEMANJÁ.
Deve-se trocar a água de OLOKUN a cada seis ou sete meses e o assentamento deve ser mantido em um lugar oculto, onde ninguém possa tocá-lo. OLOKUN assentado dentro de um porrão escuro simboliza a escuridão existente no fundo do mar.








terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nanã Buruku

Nanã Buruku ( ou Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Ananburucu, Nanã Borutu) , é o nome pertinente a um Vodun e Orixá das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama( barro molhado), senhora da Morte, e responsével pelos portais de entrada (reencarnação) e saída ( desencarne). Identificado no jogo do merindilogum pelos Odu Ejolobon e representado materialmente pelo candomblé através do assentamento sagrado denominado Igba Nanã.
África
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogenito com Oxalá, Omolu, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o numa praia, Iemanja o achou abandonado , quase morrendo e o curou e o criou como se fosse sua mãe, dando todo o amor e carinho. Sabendo do que Nanã fez, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais ( Oxumarê, Ewá e Ossain), e a expulsou do reino, ordenando-lhe que fosse viver num pântano escuro e sombrio, lugar onde pensou em abandonar seu pobre filho mais desitiu, pois na praia seu filho morreria mais rápido.
Nanã é a dona de um cajado, o Ibiri. Orixá das águas paradas que mata de repente, ela mata uma cabra sem usar faca. É considerada o Orixá mais antigo do mundo. Quando Orunmilá chegou aqui para frutificar a terra, ela aqui ja estava. Nanã desconhece o ferro por se tratar de um Orixá da pré-hitória anterior á idade do ferro. O termo "nanan" significa raiz, aquela que se encontra no chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originario de Dassa-Zoumé, é uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um Templo Dassa-Zoumé eo sacerdote do seu culto.
A área que abrange seu culto é muito vasta e parece estender-se de leste, além do rio Niger, além do rio Volta, nas regiões dos "guang", ao nordeste de Ashanti.
Entre os fon e mahi ela é considerada uma divindade hermafrodita, anterior a Mawu e Lissá, aos quais teria dado origem em associação com a "serpente do Universo" Dan Aido Hwedo. Para os ewes e minas, ela é ás vezes vista como um vodun masculino( Nana Densu), esposo da grande mãe das águas Mami Wata.

Brasil
Nanã Buruku é cultuada no candomblé jeje como um vodun e no candomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada e considerada a mãe dos orixás Obaluayê, Iroko, Ossain, Oxumarê e Yewá.
Nanã é chamada carinhosamente de "Avó" por ser usualmente imaginada como uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões Afro-brasileiras.
Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espiritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada á deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cibele.
A existência do culto de Nanã Buruku é atribuida a tempos remotos, anteriores á descoberta do ferro, por isso, em seu rituais, não costumam ser utilizados objetos cortantes de metal.
O Baobá ("Adansonia digitata L", em iorubá Ossê e em Fon Akpassatin) é sua árvore sagrada.
No sincretismo  afro-católico, Nanã Boroquê, como é chamada na Umbanda, é equiparada á Sant'Ana.
Nanã no Batuque - RS: Nanã no Batuque ( Religião Afro-Gaúcha) é a Iemanja mais velha de todas, embora não seja Iemanjá.
Arquétipo
 São conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens. Passam aos outros a aparência de serem calmos, mudando rapidamente de comportamento, tornando-se guerreiros e agressivos; quando então, podem ser perigosos, o que assusta as pessoas. Levam seu ponto de vista ás últimas consequências, tornando teimosa. Quando mãe, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas. Exigem atenção e respeito, são pouco alegre e  não gostam de muita brincadeiras. Os filhos deste grande Orixá são majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça.






















quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Oxum

Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na mitologia Yorubá é um Orixá feminino. O seu nome deriva do Rio Osun, kque corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no ogo do Merindilogun pelos Odu Ejioko e Oxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado Igba Oxum.
É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.  As mais velhas ou as mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém um série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo".
O festival de Osun é realizado anulamente na cidade de Osogbo , Nigéria.
O Bosque Sagrado de Osun Osogbo, onde se encontra o templo de Osun, é Patrimonio Mundial da Unesco desde 2005.
Oxum no Brasil
Osun é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões Afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Osun, os fiéis buscam auxilio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a resposável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve a sua denominação de "senhora do Ouro", que outrora era do cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e mais raramente, próximo as fontes de águas minerais. Oxum é simbolo da sensualidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que e transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhança com Oxum.
Candomblé Ketu -  Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Arquétipos de Oxum
Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões. Também são extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o Luxo, a vida social, além de sempre estarem namorando.
Paramenta desenvolvida com exclusividade para o Egbame Weligton , paramenta utilizada na cerimonia festiva em homenagem ao Orixá Odé.







sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Logun Ede

Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Erinle. Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxóssi e sei mese nos rios pescando com Oxum. É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e Efan, sendo  o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro.
No entanto, existem outras versões acerca de sua filiação. Se na maioria dos mitos,Logunedé surge como filhos de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco mais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. Há ainda historias que contam a lenda de Logunedé como filho desses quatro Orixás, apresentando-o como nada mais, nada menos que uma dos Orixas Gêmeos, Ibeji.
Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se mesclam como mistério da criação, trata-se de um Orixá que tem a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum á alegria, a expanção de Oxóssi. Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento.
Essa característica  de unir o feminino de Oxum ao masculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a ser representado como uma criança, um menino pequeno ou adolescente, formando mais uma tríade sagrada na Historia das Religiões. Com Logunedé, completa-se o triângulo Iorubá pai, mãe e filho que também se repete nas trilogias católica (Pai, mãe e Espirito santo) egípcia(Isis, Osiris e Hórus) , hindu e tantas outras.
Como simbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como um ser andrógino. Ao contrário do que muitos pensam, Logunedé não é de características masculina e feminina, não é bissexual. Na verdade possui uma grande relação com Oxum, sua mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a personalidade desses dois Orixá e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um Hermafrodita que durante seis meses é Oboró e seis meses ìyabá como algumas pessoas assim o dizem e usam deste artifício para denotações homossexuais.
Existem templos para Logunedé em Ilesa, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada a de um leopardo. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto a Oxum, é um Orixá de extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecer junto aos assentamentos de Oxum e sempre quando agradado devemos agradar sua mãe. Tem predileção ao dourado, é um Orixá muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
Paramenta desenvolvida com exclusividade para o Babalorisá Rogerio de Logunedé, sacerdote do Asé Bororé, paramenta utilizada na cerimonia festiva em homenagem a Logunedé.