quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Oxum

Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na mitologia Yorubá é um Orixá feminino. O seu nome deriva do Rio Osun, kque corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no ogo do Merindilogun pelos Odu Ejioko e Oxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado Igba Oxum.
É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.  As mais velhas ou as mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém um série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo".
O festival de Osun é realizado anulamente na cidade de Osogbo , Nigéria.
O Bosque Sagrado de Osun Osogbo, onde se encontra o templo de Osun, é Patrimonio Mundial da Unesco desde 2005.
Oxum no Brasil
Osun é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões Afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Osun, os fiéis buscam auxilio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a resposável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve a sua denominação de "senhora do Ouro", que outrora era do cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e mais raramente, próximo as fontes de águas minerais. Oxum é simbolo da sensualidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que e transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhança com Oxum.
Candomblé Ketu -  Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Arquétipos de Oxum
Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões. Também são extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o Luxo, a vida social, além de sempre estarem namorando.
Paramenta desenvolvida com exclusividade para o Egbame Weligton , paramenta utilizada na cerimonia festiva em homenagem ao Orixá Odé.







sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Logun Ede

Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Erinle. Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxóssi e sei mese nos rios pescando com Oxum. É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e Efan, sendo  o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro.
No entanto, existem outras versões acerca de sua filiação. Se na maioria dos mitos,Logunedé surge como filhos de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco mais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. Há ainda historias que contam a lenda de Logunedé como filho desses quatro Orixás, apresentando-o como nada mais, nada menos que uma dos Orixas Gêmeos, Ibeji.
Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se mesclam como mistério da criação, trata-se de um Orixá que tem a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum á alegria, a expanção de Oxóssi. Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento.
Essa característica  de unir o feminino de Oxum ao masculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a ser representado como uma criança, um menino pequeno ou adolescente, formando mais uma tríade sagrada na Historia das Religiões. Com Logunedé, completa-se o triângulo Iorubá pai, mãe e filho que também se repete nas trilogias católica (Pai, mãe e Espirito santo) egípcia(Isis, Osiris e Hórus) , hindu e tantas outras.
Como simbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como um ser andrógino. Ao contrário do que muitos pensam, Logunedé não é de características masculina e feminina, não é bissexual. Na verdade possui uma grande relação com Oxum, sua mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a personalidade desses dois Orixá e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um Hermafrodita que durante seis meses é Oboró e seis meses ìyabá como algumas pessoas assim o dizem e usam deste artifício para denotações homossexuais.
Existem templos para Logunedé em Ilesa, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada a de um leopardo. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto a Oxum, é um Orixá de extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecer junto aos assentamentos de Oxum e sempre quando agradado devemos agradar sua mãe. Tem predileção ao dourado, é um Orixá muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
Paramenta desenvolvida com exclusividade para o Babalorisá Rogerio de Logunedé, sacerdote do Asé Bororé, paramenta utilizada na cerimonia festiva em homenagem a Logunedé.

















domingo, 4 de dezembro de 2011

Oya


Oya provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Niger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do orixá do Fogo. Assim como a Orixá Obá, Oya também está relacionada ao culto dos mortos,, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxossi uma espécie de Erukê especial chamado de Eruxim com o qual estaria protegida do Eguns. O nome Iansã trata-se de um titulo que Oya recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã= A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava  pois dizia que ela era radiante como o entardecer.
Os nove Céus são:
Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou indole pacifica, bondosa, pacata.
Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento,pureza de intenções.
Orun Babá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, Yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espiritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.
Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por Olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o epírito será dirigido.
Orun Àpáàdi. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.
Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida
Orun Burúkú.  Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta" , reservado para as pessoas más.
Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado á Olodumare, Olorun e todos os orixás e divinizados.
Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência .
Oferendas: Àkàrà ou Acarajé, Ekuru e Abará
Paramenta desenvolvida com exclusividade para Oya do Pai Fabio sacerdote do Ile Asé Oya Onira.











quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Oxóssi

Paramenta para Oxóssi. (São Sebastião)
Oxóssi, do iorubá Òsóòsì, é um orixá da caça e da fartura, identificado no jogo do merindilogun pelo odu obará e representado nos terreiros de candomblé pelo igba oxóssi.
Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira.
No Brasil, IbualamaInlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.


Modelo desenvolvido com exclusividade para Pai Julio" Asé Adelode"
Utilizada na festa de Odé.